Depois
de algumas reprovações, seja em anos seguidos ou mesmo em um só ano, a maioria
dos estudantes começa a regredir.
É fácil perceber que, nesse momento, o medo começa a tomar conta da pessoa.
Dois exemplos clássicos desse medo são representados em duas atitudes:
1) a pessoa precisa ler um texto de 15 páginas para uma prova que será
realizada daqui a dois meses e acha que não vai dar tempo;
2) a pessoa acha que tudo vai desgastar ela pra prova e não toca nos livros nos
fim-de-semana, deixa de estudar à noite, acha que começou a engordar ou a
emagrecer, acha que entrou em depressão, acha que 5 horas de estudo por dia vai
forçar muito os neurônios e, por fim, acaba fracassando graças à própria
loucura.
O interessante é que, percebendo que está com medo, a pessoa começa a disfarçar
pra si mesma. Medita, ouve música o dia todo, dorme, lê sem entender, e usa
todos os meios possíveis de fuga pra mostrar pra si mesma que não está com
medo. Ridículo. O medo é saudável e faz parte da vida. É o medo que faz com que
tenhamos cautela, desde crianças, ou seja, o medo é um sentimento, antes de
mais nada, de autopreservação. Porém, devemos conviver com o medo como
convivemos com um animal de estimação. Só um louco deixa que seu animal de
estimação mande na "relação".
Como conviver com o medo
Duas
medidas simples que fazem com que consigamos conviver perfeitamente bem com o
medo de uma maneira saudável é pensar no que se ganhará com a aprovação e
passar efetivamente a gostar do tal "frio na barriga".
A primeira medida é perfeita para aqueles que preferem não pensar em nada,
porque acham que o Universo conspira contra e vai achá-los presunçosos por
fazer planos. Pura besteira, primeiro que ao criarmos planos pro futuro e
listarmos as vantagens que teremos após um resultado positivo, ficamos de cara
com a realidade e isso faz com que a gente lute com mais vigor pelos nossos
objetivos; segundo que a natureza não entende nossos sentimentos, por mais que
tenhamos esse delírio absurdo.
A segunda medida, a de encarar o "frio na barriga" é mais do que
lógica. Um trapezista, em seu milésimo número, sente o mesmo frio na barriga
que sentiu em seu primeiro número; o mesmo acontece com o paraquedista em seus
pulos ou com o palestrante profissional em teatros lotados. O "frio na
barriga" simplesmente faz parte da vida. O nervosismo excessivo aparece
justamente quando tentamos acabar com esse pequeno nervosismo normal. Não há
nada a temer.
Fonte: Papo de Estudante
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