Dentre a imensidão de
estrelas só tu cintilavas, escolhi a ti para brilhar junto a mim. Não diminuas
teu brilho por medo, brilhe cada vez mais com a certeza de que te amo e não
conseguiria respirar sem saber que amanhã ficaria sem tua luz.
Que meu caminho ficaria
novamente solitário e no escuro desceria a profundezas cuja força é maior que a
nossa, onde a dor reina, onde as lágrimas não saem como demonstração de alívio.
Nesse lugar, de cabeça baixa e olhos fixos para o nada; morreria inerte com as
velhas lembranças, somente as boas lembranças de um amor que me tinha a alma.
Nesse estágio Fortuna, se desejas saber, nem eu mais a teria. Pois meu espírito
já teria se perdido em meio a prados longínquos e no breu de uma fria fenda
depositaria sua aflição, tendo como testemunha apenas seus ecos projetados nas
paredes indiferentes de tal caverna sombria.
Desejas, pois, saber
como me sentiria se num único golpe me fosse abatido o coração, não saberei te
expressar tal agonia, somente nesse esforço me vem à boca o gosto de sangue.
Marte |
Sobre o autor:
Marte é um pseudônimo, o autor do poema preferiu manter sua identidade privada.
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