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Í.N.T.I.M.O.S.: Para Fortuna!




Dentre a imensidão de estrelas só tu cintilavas, escolhi a ti para brilhar junto a mim. Não diminuas teu brilho por medo, brilhe cada vez mais com a certeza de que te amo e não conseguiria respirar sem saber que amanhã ficaria sem tua luz.

Que meu caminho ficaria novamente solitário e no escuro desceria a profundezas cuja força é maior que a nossa, onde a dor reina, onde as lágrimas não saem como demonstração de alívio. Nesse lugar, de cabeça baixa e olhos fixos para o nada; morreria inerte com as velhas lembranças, somente as boas lembranças de um amor que me tinha a alma. Nesse estágio Fortuna, se desejas saber, nem eu mais a teria. Pois meu espírito já teria se perdido em meio a prados longínquos e no breu de uma fria fenda depositaria sua aflição, tendo como testemunha apenas seus ecos projetados nas paredes indiferentes de tal caverna sombria.


Desejas, pois, saber como me sentiria se num único golpe me fosse abatido o coração, não saberei te expressar tal agonia, somente nesse esforço me vem à boca o gosto de sangue.


Marte
Sobre o autor: Marte é um pseudônimo, o autor do poema preferiu manter sua identidade privada.

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